sábado, 28 de janeiro de 2012

NUNCA DEIXE SEU AMOR ESCAPAR

Era dia 7 de outubro, Ana se lembrava bem. Como em todos os outros dias, ela se levantou, entrou em baixo do chuveiro, lavou seus cabelos, colocou uma roupa, comeu algo e foi pra escola. Quando a garota chegou em casa, abriu seu MSN. Um convite novo. ‘Aceite’, pensou ela. Foi por sua intuição, sempre ia. Era um garoto, chamado Bruno. Os dois começaram a conversar. Com o tempo descobriram que gostavam das mesmas bandas, das mesmas comidas, do mesmo tudo. Tinha quase tudo em comum, exceto uma coisa: a cidade. O garoto morava em Londres. A garota, em Bolton, uma pequena cidade ao sul da Inglaterra. Eles começaram a conversar mais e mais. Cada dia mais, cada vez mais. A mãe de Ana achou que estava viciada em internet, o que realmente estava. Ela estava certa, Ana não podia contrariá-la. A garota era apenas muito preocupada com seu futuro, não deixava de fazer lições de casa para entrar no computador. Mas assim que acabava, ligava logo o aparelho. Era também o caso de Bruno.

O garoto sempre que chegava da escola deixava o computador ligado, com o messenger aberto. Desligava a tela do computador, e fazia a lição. Sempre tinha pouca, então ficava esperando Ana, até 6 da tarde, que era quando a garota entrava, mais ou menos. Os dois começaram a conversar aos 17 anos, e foi assim. No começo dos 18 anos, aconteceu a coisa mais esperada pras amigas de Ana (sim, porque as amigas sabiam de tudo, e esperavam há cerca de 9 meses algo acontecer): Bruno a pediu em namoro. E foi assim, se conheceram por um computador, namoravam por um computador. O que os dois tinham era maravilhoso. Uma coisa que as amigas de Ana jamais haviam experimentado, ou ouvido falar. Nem mesmo na ‘vida real’. Eles confiavam um no outro mais que qualquer casal que todas as amigas de Ana já tinham visto, ou ouvido falar. Isso requer, realmente, muita confiança. E eles se amavam.

Quando as amigas de Ana passavam o dia na casa da garota, elas viam a conversa. Elas conseguiam sentir o amor. Eles estavam completos e irrevogavelmente apaixonados. Não havia nada que mudaria aquilo. O tempo passou, os dois ficavam mais apaixonados a cada dia (o que ia totalmente contra as idéias de Marcela, amiga de Ana. A garota pensava que a cada dia que se passasse, a tendência era o amor se esvair. Eles provaram que estava errada). Todo dia de manhã, na hora da aula dos dois, Bruno ligava para a garota. A acordava, para começarem o dia com a voz um do outro. Um dia o garoto apareceu com a boa notícia: ele conseguiria ir para Bolton. Passaria um dia lá, pois viajaria.

Eles se encontraram à noite, em frente à ex-escola de Ana. Ela conversou com o garoto. Ana não quis beijá-lo. - Vou ficar dependente de você. Sei que você é uma droga pra mim, é viciante. Então se eu te beijar hoje, não vou conseguir ficar mais um minuto longe de você. A gente vai se reencontrar. E ai, vamos ficar juntos pra sempre. Ela disse e o abraçou. Com mais força do que já abraçou outra pessoa. E o garoto se contentou em encostá-la. Ele sabia que o que Ana estava falando era verdade. Eles IRIAM se encontrar. E IRIAM passar o resto da vida juntos. Ele tinha certeza que ela era o amor da vida dele. Bom, agora a ‘maldita inclusão digital’ se transformou na melhor maldita inclusão digital.
O tempo passou rápido quando eles estavam juntos. Se divertiram muito, e Bruno gostou da simpática cidade da sua namorada. Ele foi embora no dia seguinte, cedo demais para conseguirem se despedir. O tempo passou, e o amor dos dois só ia aumentando. Passaram-se 6 meses desde que Ana tinha conhecido seu namorado pessoalmente, e Marcela ainda não entendia por que eles não tinham se beijado. - Any, você já parou pra pensar que pode ter sido uma chance única?! Você foi idiota, você sabe disso, né? – A garota dizia, sempre culpando Ana. Mas ela sabia o que era melhor pra ela. Já tinha cansado de explicar para Marcela. Não explicaria mais uma vez.



Haviam 9 meses que os dois namoravam, e um ano que se conheciam. Eles se amavam muito, mais que qualquer pessoa que as amigas e amigos do casal já tinha visto. Um dia, Bruno apareceu com a notícia: ele conseguiu uma bolsa em uma faculdade em Bolton, e se mudaria para a cidade tão desejada. Ana se chocou com isso. Por semanas se perguntou se sacrificaria o tanto que o garoto iria sacrificar por ele. Mas ela não era a maior fã de pensamento. Isso a fez mal. - Any, deixa de ser besta. Você o ama, até eu posso perceber isso! E você sabe, eu não sou a pessoa mais esperta do mundo. – Marcela disse, encorajando a amiga. - Eu sei, Marcela, mas… Ele tá desistindo da vida toda dele em LONDRES pra vir pra BOLTON! Por mim! – Ana disse – E pela bolsa que ele ganhou na faculdade, mas é mais por mim, ele me disse. - Ana, presta atenção. – Ana olhou pra amiga. – Você não sabe quantas meninas invejam você. Não sabem mesmo. Eu, por exemplo, te invejo demais. Daria qualquer coisa pra ter um namorado como o seu. Vocês confiam tanto um no outro, e se amam tanto. Eu tenho até nojo de ficar no quarto com você quando você ta conversando com ele. É um amor que se espalha no ar, que nossa senhora! Eu consigo sentir os coraçãozinhos explodindo pelo quarto. Ai fica tudo rosa, e você fica com uma cara de sonho realizado pro computador! Any, pára de subestimar o que você tem. Deixa de ser idiota. - Você é um amor, sabia? Marcela, não sei. Não dá. Eu não desistiria de tanto por ele, e eu acho injusto ele desistir de tanto por mim. Marcela bufou. Porque a amiga tinha que ser tão burra? Meses se passaram, o tempo passava rápido. Ana não terminaria o namoro por messenger, frio demais. Ela esperaria o namorado chegar.
         
A garota tentava adiar o máximo possível, por mais que quisesse ver o garoto de novo. Ele tinha um cabelo lindo, e olhos mais ainda. Ana conseguiria ser invejada por todas as garotas da cidade se fosse vista com ele. Mas ela não queria inveja. Queria seguir o seu coração. Quanto mais Ana queria adiar a situação, mais as horas corriam, e com elas os dias, as semanas, as quinzenas, os meses. O ano. Chegou o dia; Ana esperou o seu futuro-ex-namorado onde se encontraram meses atrás. Ela negou o beijo mais uma vez. O namorado ficou sem entender, mas aceitou. - Olha, eu tenho que conversar com você. - Diga. – Bruno sorriu. - Quando você me disse ‘Vou me mudar pra Bolton’, eu fiquei feliz. Mais feliz que já fiquei há muito tempo. Mas depois eu comecei a pensar se faria o que você ta fazendo por mim. Você desistiu de toda sua vida em Londres, Bruno. - Eu sei. Pelo melhor motivo na face da Terra. - Não, não é. Eu sinto que eu não to sendo justa com você. E sem ser justa com você, eu não sou justa comigo. Eu não sei se eu faria o que você fez. Eu acho que não. Eu sou egoísta demais, eu não sei. Não quero mais ser injusta com ninguém, não quero dormir pensando isso. Há meses eu penso nisso, e fico com peso na consciência. E, de verdade, eu não sei se seu amor é o suficiente pra mim. – A garota disse e virou as costas. Foi andando para a sua casa. E ao contrario de momentos tristes clichês (n/a: eu odeio clichês), não estava chovendo. O céu estava azul, o sol brilhava, como raramente acontecia em Bolton. Mas o que estava dentro de Bruno (e de Ana) não era assim tão brilhante. Para Ana chegar em casa, tinha de passar pela frente da casa de Marcela – era esse o motivo de um sempre estar na casa da outra; elas moravam lado a lado. A garota passou correndo, chorando, enquanto Marcela estava na janela.
Marcela saiu correndo de casa – ignorando completamente o estado critico em que se encontrava: blusa dos ursinhos carinhosos, cabelo preso em um rabo-de-cavalo mal ajeitado, short curto de florzinhas e pantufas do tigrão – indo logo para a casa da amiga. Ela bateu a campainha, e a mãe da amiga atendeu. Disse que podia subir as escadas, Ana estava em seu quarto. Marcela subiu correndo, tropeçou, quase caiu 3 vezes – ‘Malditas escadas enormes’, pensava – mas chegou ao quarto em segurança (lê-se sem sangue escorrendo pela cara). - Any! O que foi, amor? – A garota encontrou a amiga deitada, chorando em sua cama. - O Bruno! – Ana não conseguia falar direito. Por essa mini-frase Marcela tinha entendido. Não tinha mais Ana e Bruno pra sempre e sempre e sempre e sempre. Agora era Ana. A garota aprendeu a viver com a dor. Passaram-se 5 anos, Bruno estava formado em direito, era um advogado de sucesso, ainda morando em Bolton – nunca largaria a cidade que abrigava seu, ainda, maior amor.

Ana era uma fotógrafa de sucesso, ganhava a vida fotografando famosos de todo mundo – mas não saíra de Bolton também, amava a cidade com todas e cada fibra de seu ser. Bruno era melhor amigo de Ana, Ana era melhor amiga de Bruno. Ana tinha um noivo, um executivo de sucesso, que vivia de Londres pra Bolton, de Bolton pra Londres. Já Bruno sabia: por mais que tentasse achar alguém igual à Ana, não conseguiria. Só ela seria o amor da sua vida, que ele amava excepcionalmente. Nunca iria mudar.
Ana iria passar algum tempo fora da cidade, iria para a capital, fotografar uma banda inglesa. Iria dirigindo à Londres – depois de tanto custo para tirar a carteira de motorista, agora queria mostrar ao mundo que tinha um carro e sabia guia-lo.
Um carro. Dia chuvoso. Pista dupla. Um caminhão. Visão confundida. Bebida em excesso. No que isso poderia resultar? Não em uma coisa muito boa, com certeza. O caminhão bateu de frente com o carro de Ana. Ela não estava muito longe de Bolton, portanto ela foi levada para um hospital na cidade. O seu noivo, por sorte, estava em Bolton. Foi avisado, depois os pais, Marcela. E por ultimo, Bruno. Ele se apressou em chegar ao hospital que Ana estava internada. Ele chegou antes mesmo de Felipe, noivo da garota. Bruno andou por corredores com luzes fluorescentes fracas, brancas, o que aumentava a aflição dele. Como estaria Ana? A SUA Ana? Ele nunca imaginou nada de mal acontecendo à SUA Ana. Ela sempre seria dele, amiga ou namorada. Seria dele. Achou o quarto em questão, 842. Abriu a porta com cautela, e viu a imagem mais horrível que jamais poderia ter imaginado: Ana, sua Ana, deitada em uma cama de hospital, com ferimentos por todo o rosto e braços – as únicas partes de seu corpo que estavam aparentes. Ele chorou. Não queria ver a pessoa que ele mais amava em todo o universo daquele estado. ‘Frase clichê’, pensou, ‘mas porque não eu?’. As lágrimas caiam com força. Ele saiu do quarto com a visão embaçada pelas lágrimas; não sabia o que podia fazer. Ele foi para o lugar do hospital em que se era permitido fumar, e fez uma coisa que não fazia desde que tinha conhecido Ana: acendeu um cigarro. Começou a fumar, e ficou sozinho lá, encarando a parede. Imaginando se teria sido diferente se ele tivesse continuado em Londres. Ele lembrava, foi quem apoiou o curso de fotografia. - Ah, cara… – Ana chegou se lamentando. - Que foi, Any? – Bruno sorriu. - Eu tenho que escolher o que eu vou fazer da vida, mas… É difícil demais! - Eu sei bem como é… Porque não tenta fotografia? – Bruno apontou para a máquina digital, que agora estava nas mãos da garota. – Eu sei que você adora tirar fotos. - Bruno, sabia que você é um GÊNIO? – Ana sorriu e abraçou o melhor amigo. SEU melhor amigo.

Se ele não tivesse sugerido o curso, Ana não estaria no hospital à essa hora. Os pensamentos profundos do garoto foram cortados quando a porta se abriu, fazendo o garoto estremecer. - Ah, que susto, doutor. – Bruno se virou. - Desculpe. Você é Bruno, certo? - Certo. - Bom, você tem bastante contato com Ana, certo? – Bruno balançou a cabeça positivamente. – Nesse caso, eu sinto muito. Para sobreviver, a Ana precisaria de um coração novo. A lista de espera por um coração é grande, e não sei se ela conseguirá sobreviver até chegar sua vez de receber um novo coração. Como poderia viver em um mundo sem Ana?! Saiu do lugar. Não podia esperar as coisas acontecerem, e ele ser egoísta e ficar em seu mundo, fumando até Ana ir pra outro lugar. Ele pegou um papel, uma caneta e escreveu um endereço, e um horário, uma hora depois daquilo. Entregou para o noivo de Ana, que agora estava na sala de espera. - Já foi vê-la? – Perguntou Bruno. O noivo negou com a cabeça. Ele saiu andando, saiu do hospital. Foi para seu escritório, pegou 3 papéis grandes e digitou 3 cartas. Uma para os pais. Uma para Ana. E uma sobre os desejos que tinha.Ele tomou um remédio depois disso. E dormiu, lenta e serenamente, dormiu. Não acordaria mais. Quando o noivo de Ana chegou, encontrou Bruno deitado no chão, sem pulso. Estava morto. Em cima da mesa, 3 cartas. Um recado para ele: “Eu não gosto de você. Nunca vou gostar. Mas mesmo assim, você tem que fazer algo que não poderei fazer. Leve meu corpo para o hospital, com essa carta em cima dele. A carta que está em cima das outras. Após isso, entregue a segunda carta para Ana quando ela acordar. E quando a noticia da minha morte chegar, entregue a terceira para os meus pais.” Assim acabava a carta. Felipe não acreditava no que lia. Não acreditou, e nem precisava. Correu para o hospital em seu carro. Ele entregou a carta e o corpo do homem, que agora estava ainda mais branco.
Aconteceu na hora; o coração dele foi tirado e levado para Ana. Quando ela acordou, não muito depois, viu os pais dela, seu noivo e os pais do namorado de 6 anos atrás. Eles sorriam e choravam; ela não entendeu. Foi quando viu a carta com a letra dele, escrito o nome dela. Ela pegou a carta e leu, então. “Meu amor, bom dia. É hora de acordar. Eu não pude te ligar hoje, você estava ocupada. Por isso deixei essa carta. Sabe, eu não vou estar ai por um bom tempo, as pessoas sabem quando a sua hora chega. E eu aceitei a minha com a mesma felicidade que eu tinha quando te vi na frente da sua escola. A minha hora chegou quando seu fim estava próximo. Eu te prometi que te protegeria de tudo e qualquer coisa que acontecesse, e mesmo sem chamar, eu estive lá. Desta vez não me chamou, quis resolver sozinha, eu não podia deixar. Eu resolvi dar um fim então. Eu estava ficando cansado, o trabalho pesava demais. Mas porque agora? Eu não sei. Mas não teria sentido eu viver em um mundo que você não existe. Então eu decidi ir antes e ajeitar as coisas. Pra daqui a alguns anos nós conversarmos aqui na minha nova casa. Agora eu tenho que ir, meu amor. Esse coração no teu peito, esse coração que bate no teu peito. É o mesmo coração que está inundado do amor que você disse não ser o suficiente. É o mesmo coração que lhe dava amor todo dia. Por favor, cuide bem dele. Agora eu preciso ir, preciso descansar um pouco. Eu vou estar sempre contigo. Eu te amo! PS: Não sei se vou conseguir te acordar amanhã. Você me perdoa por isso?” Então ela chorou. Chorou e abraçou os pais, os pais dele. Chorou como nunca, e tremia por tantas emoções passarem por seu corpo. Ana encarou o noivo. Terminou o noivado naquele dia. Não adiantava esconder algo que estava na cara: ela amava Bruno, e seria sempre o SEU Bruno. ELE era o homem de sua vida, não Felipe.
O homem que sempre esteve lá, amando-a ao máximo. Em qualquer momento. Ela chorou muito, e seguiu a vida. Todos os dias ela lembrava de Bruno. Viver em um mundo sem ele não fazia sentido. Mas não desperdiçaria todo o amor e que estava dentro dela. Ela podia sentir seu coração batendo. Ela lembrava a cada momento, que mesmo separados eles estavam juntos. Mas apenas uma coisa fazia seu coração se apertar, se contorcer de dor. Que fazia uma lágrima se escorrer sempre que pensava nisso. Ela sentia falta daqueles beijos. Dos beijos que foram negados. Mas ela foi feliz. Morreu com seus oitenta e tantos anos. Mas era sempre feliz. Afinal, o coração do homem de sua vida batia dentro dela.
5122889832_e5ef43b5df_z_large

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Você tem medo de...



Você tem medo de se apaixonar?


Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar, mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada. (Medo de se apaixonar - Fabrício Carpinejar)

Eu sinto...

Eu sinto sua falta...

Eu sinto sua falta. Nego isso a mim mesma, pois não posso, não posso sentir saudades suas. Único remédio para saudade, é um abraço, bem forte, e sei que esse remédio nunca vou poder tomar. Eu já devia ter te tirado da minha cabeça, a muito tempo. Devia ter te arrancando do coração, não deveria nem saber seu nome. Mas eu lembro de você, lembro de como é bonito o seu sorriso de lado; como você fica bonito de vermelho; lembro de cada detalhe, lembro do jeito que fala quando está com raiva, lembro do brilhos dos teus olhos quando está feliz. Lembro também como agia comigo, como era indiferente. — Você já errou tanto comigo, e eu certamente, também errei muito. Não importa os apesares, nunca consegui te odiar, nenhum pouquinho. Me machuquei muito estando perto de você, mas nunca quis me afastar, nunca quis ficar longe. Você atrasou minha vida, mas foi o atraso que eu mais gostei. — Você está me perdendo, e parece que você não se importa com isso. Cada vez, fico mais longe, mais distante, e você ao menos liga.
(Kássia Ferreira)

Mulher não desiste...

Quem ama, cuida!


Mulher não desiste, se cansa. A gente tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A gente paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem ‘e se’! A gente completa o percurso e às vezes fica até andando em círculos, mas quando a gente muda de caminho, meu amigo, é fim de jogo pra você. Enquanto a gente enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradece a Deus! Porque no dia que a gente aceitar tranquilamente te dividir com o mundo, a gente não ficou mais compreensiva, a gente parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a gente cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E estamos numa relação, não numa sessão espírita. A gente entende e respeita seu jeito, desde que você supra pelo menos o mínimo das nossas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina.

-Tati Bernardi

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Namoro, amizade...


Já tem um tempo que eu ando cansada das minhas publicações aqui no blog. Sempre falando sobre amor, saudade e todo aquele monte de coisas que a gente sente quando ta apaixonada, gostando de alguém ou na fossa. Mas isso cansa né? Respirar isso o tempo todo é sufocante. Então, resolvi falar sobre coisas diversas também. Vou continuar com meus textinhos, mas vou intercalar com dicas de filmes, seriados, música, livros e até moda. Ok, isso aqui não é um blog de moda, mas acho que vocês vão gostar de algumas dicas. Porque não diversificar né?
E não vai ter só dicas, to pensando em fazer textos não só de amor, mas envolvendo amizade, família e fé. E publicar alguns textos – de outros autores – interessantes quando a inspiração for pra onde Judas perdeu as botas, as calças...
Enfim, espero que gostem tanto quanto eu. E interajam comigo queridos. Sempre vejo um monte de visitas aqui, mas raros comentam. Digam se estão gostando ou não, falem sobre o tema do post.
Enfim, hoje eu vou falar de amizade...

“E o que seria de nós sem os nossos amigos? Com quem iríamos passar horas falando sobre aquele menino fofo e pedindo conselhos? Com quem iríamos passar a noite rindo e fazendo piadas um do outro? Amigos mesmo estão sempre com a gente. Independente da distância, os verdadeiros sempre se mantêm presentes. Nas horas boas – das baladas, das aventuras, dos sorrisos – e nas ruins – das brigas e nos tempos de “vacas magras”.
E aí eu paro e penso: Quem é mais importante, amigos ou namorado?
Se tiver mesmo que escolher, na minha opinião? AMIGOS. Porque me responde, quem estará ao seu lado caso o relacionamento acabe? Quem ouvirá você falando 24 horas por dia da saudade que sente dele? Seus amigos.
Lógico que seu namorado tem o valor dele. Mas nós precisamos saber separar as coisas. Na verdade, separar bem o tempo. Anda de estar sempre com as suas amigas e esquecer o seu namorado. E nada de deixar seus amigos de lado quando estiver com ele – namorado. As coisas devem ser feitas com cautela. Pois, ambas as partes precisam da sua atenção. Por tanto, pense bem antes de dar valor a mais um, do quê ao outro. Porque os dois são importantes na sua vida e você não quer ter que escolher entre um ou outro. E na pior das hipóteses, perder um deles.”
É só deitar a cabeça no travesseiro que tudo que eu fugi o dia inteiro, me encontra.
Do quê exatamente eu fugi? Olha só que ironia, de você. Passei o dia tentando fugir. Tentando fazer você ir para o lado do cérebro que guarda a memória curta. Como se adiantasse, não consegui te esquecer por anos, hoje não seria diferente.
Mas a hora de dormir, não é apenas “hora de dormir”. É hora de me render. Ok, não tenho mais forças pra correr de você, logo quando o que eu mais quero é ficar bem quieta e deixar que você me encontre e não me largue nunca mais. E eu cedo. Eu perco a briga comigo mesma e deixo. E permito. Que você entre e faça uma bagunça enorme dentro de mim. Mas uma bagunça em que eu me encontro. Ali é o lugar. O meu lugar. Ao seu lado. E você toma conta, sai preenchendo de você todas as correntes sanguíneas, todos os neurônios, tecidos, ossos e músculos. Quando percebo, sou toda você. Dos pés a cabeça. E é desse jeito que quero ser. Porque esse é o jeito certo. E você destrói tudo que eu construir durante o dia pra te impedir de vir. De me tomar, e não há destruirão melhor que essa. É a minha hora preferida do dia. Porque me encontro com você. Sonho com você. Posso te tocar, te abraçar, sentir seu cheiro, seu toque, seu beijo. Mesmo sabendo que amanhã, quando for dia, tudo desaparecerá. E a fuga de você será a mesma. Mas toda noite é isso. Toda noite, mesmo que eu fuja, continuo me perdendo em você.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012


Uma manhã qualquer(...)


Uma manhã qualquer, sem nada de especial. Acordei cedo, coisa que raramente eu faço. Tomei um café frio, com algumas torradas. Me dirigi ao banheiro, escovei os dentes e tomei um banho bem gelado. Em seguida, sem muitas opções do que fazer daquele dia, resolvi dar uma volta pela cidade, tentar esfriar a cabeça ou pelo menos esquecer algumas coisas. Caminhei um pouco pela praça, corri alguns quilômetros e depois me sentei em um banco que ali próximo avistei. Observei as pessoas, crianças brincando, casais namorando, enfim, parecia só haver pessoas felizes. Alguns minutos depois, uma senhora que por ali passava, resolveu se  sentar ao meu lado. Aparentava ter uns 65 a 70 e poucos anos, não era muita alta, e usava trajes simples.
-5 minutos depois, aquela senhora resolveu falar comigo.
-Bom dia meu filho, como você está?
Eu acostumado a disfarçar minha tristeza com alguns sorrisos, apenas sorri e disse que estava tudo bem.
A senhora não muito satisfeita com a minha resposta, me fez outra pergunta; Você não parece estar bem, algo está lhe incomodando.
Naquele mesmo momento, fiquei em choque, meio que sem palavras… Pensei, como ela sabia que eu não estava bem? Resolvi então falar um pouco sobre o que estava me atormentando.
-Pois é, a senhora me pegou. Sabia que a senhora foi a única pessoa que percebeu isso até agora? Fico até meio sem graça de perceber que uma pessoa que mal me conhece, sabe mais do que aqueles que me rodeiam. –ele disse meio sem jeito.
-Ah meu filho, não te preocupas com isso não, já vivi muito nessa vida, e já fingi muitos sorrisos, principalmente para agradar aqueles que precisavam da minha felicidade. Mas me diga, o que lhe incomoda?
-Bom, ando meio confuso nesses últimos dias, sabe? Namorava uma pessoa, “A pessoa” pra dizer a verdade, ela me fazia feliz, e muito. Sempre gostava de ouvir as nossas musicas, adorava ouvir aquela voz linda que ela tinha, mesmo sem saber a letra direito. Adorava quando saíamos juntos, andávamos de mãos dadas, brincávamos e brigávamos por ciúmes, era engraçado, eu me divertia e era muito feliz. Ela tinha um gosto diferente para filme, odiava filme de romance e de comédia, gostava só de terror e um pouco de ação, era um gosto peculiar, mas eu me acostumei e aprendi a gostar também. Ela era carinhosa, fofa, e tinha um sorriso lindo, mas essas ultimas características eram raras nela, foram poucas as vezes em que eu á vi assim. Ela tinha um gosto de comida totalmente diferente do meu, gostava de comida chinesa e alguns frutos do mar, logo eu, odiava comida chinesa e tinha alergia a frutos do mar. Éramos tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais quando estávamos juntos, que esses gostos só tornavam apenas meros detalhes. Nossa, ela era tão perfeita… Como pude perdê-la? Mas como tudo tem o seu defeito, o dela era um pequeno defeito, mas o mais crucial, aquele de não demonstrar seus sentimentos e ter orgulho na maioria das vezes. Tem algo mais doloroso do que não ser tratado da mesma forma em que você espera ser? Bom, acho que não. Ando com um pouco orgulho também, não nego. Mas quando estávamos juntos, eu era o único que engolia aquele orgulho amargo e azedo que até hoje eu sinto o gosto nas paredes da minha garganta. Ah, como pude ser tão assim? Tão sei lá, já me faltam palavras pra tentar descrever o quão eu era idiota. Desculpa senhora se te fiz ouvir tudo isso, mas eu já estava sufocado com essas palavras na minha mente.
-Nossa meu filho, você estava mesmo precisando desabafar… Bem, pelo o quê eu entendi você tinha tudo, digo, tudo mesmo. –ela exclama.
-É senhora, eu tinha… Você disse a palavra certa.
-Vou lhe dizer uma coisa meu filho. Quando eu era jovem, adorava namorar, mas eu sempre tive um amor, ele me amava, mas o nosso orgulho nos impedia de nós ficarmos juntos. Passaram-se anos e anos, ele vivendo a vida dele, e eu levando a minha…  Até que um certo dia resolvi engolir esse orgulho que me impedia que se aproximar dele. Sai correndo do meu trabalho, e fui até a casa dele, que não ficava muito longe da minha. Quando bati na porta e chamei pelo o seu nome, uma mulher atendeu, e perguntou; O que você deseja com meu marido? Naquele mesmo momento meu mundo desabou, fiquei sem palavras, e pedi desculpa, disse que era engano. A parti daquele dia resolvi viver a minha vida sem ele, me foquei em trabalhar e em se preocupar comigo. Três anos depois recebo uma notícia de que a mulher dele tinha o deixado, logo de inicio não me importei, segui a minha vida. Até que um dia em uma tarde de domingo, alguém bate na minha porta, e adivinha quem era? Era ele, o cara que eu amei por anos e anos, e ainda o amava… Ele estava cansado mas mesmo sem fôlego, conseguiu dizer algumas palavras, foram as palavras certas para mudar por completo a minha vida. O que eu mais lembro até hoje foi que quando eu estava naquele dia batendo na porta dele, ele estava no quarto e disse que tentou largar tudo, e naquele momento ele se derramou em lágrimas em ver que eu estava indo embora e que nunca mais poderia voltar… Ah orgulho maldito que só faz nos afastar de quem nós amamos. Semana que vem a gente completa 37 anos de casados, e sabe onde está o meu amor agora? Em uma cama de um hospital público, em estado de coma. E sabe como foi a nossa última conversa? A gente brigando, e discutindo sobre o nosso relacionamento que não estava mais dando certo, ele saiu de casa aos berros e foi beber. E o que me dói mais é saber que ele não pode mais me ouvir, eu só queria dizer o quanto eu o amo, e o quanto ele foi especial para mim durante essa vida toda em que passamos juntos. Eu só queria uma chance, apenas uma, para dizer tudo isso. Então meu filho, não perca mais nenhum segundo longe dessa garota, você a ama, e ela o ama ainda mais, engula seu orgulho, e faça ela o engolir também. Não deixe que o tempo leve o que de mais precioso você tem, o amor. –ela sem mais palavras, abaixa a cabeça.
-Naquele momento, já com lágrimas no meu rosto eu abraço-a e digo que tudo ficará bem.
-… Obrigado meu filho, você foi a única pessoa que me ouviu nesse momento de desespero. Que irônico isso, não acha? Nós dois com problemas pessoais e justamente hoje a gente se esbarra e um ouvi o outro de um forma tão simples.
-Pare… A senhora que me ajudou bastante, obrigado pelas suas palavras sábias, eu que devo lhe agradecer por tudo, tudo mesmo.
A partir daquele momento, eu corri, corri o mais rápido possível… E sabe para onde? Atrás da minha felicidade.


Primeira noite - A realidade.

Essa madrugada não está sendo nada fácil, já faz mais ou menos 3 horas que não consigo dormir depois do seu ultimo telefonema. Dessa vez eu já não sei o que falar, ando perdido aqui no meu quarto, a única coisa que me restou foi esse papel amassado e um lápis, ligo uma pequena luz, apenas para enxergar as linhas do papel, e começo a pensar e relembrar. Dessa vez está diferente meu pensamento, estou pensando mais em mim e no quanto fui idiota. E sabe por quê? Por ser assim, do meu jeito. Aquele jeito de querer se preocupar demais com você, querer te ver bem, te dar atenção sempre que precisar, atender seus favores sempre que no possível fosse. O problema disso é que eu acordei, vi o quanto eu te dou tudo isso, e você mal me liga pra saber como estou, mal se importar em saber como foi meu dia. As coisas pareciam bem, mas eram apenas ilusões da “felicidade”, a felicidade passageira, tão boa que conseguia cobrir os dias de tristeza que me viam de vezes em quando. –Droga, como fui um idiota.
Como pude ser assim? Tão ingênuo. O amor me deixou cego a ponto de esconder a realidade que estava ao meu nariz, mas como toda ilusão não dura muito tempo, a sua não durou nem alguns meses. Como você pode ser assim comigo? Você era fria e sem sentimentos, pelo menos era isso que demonstrava, ou o que faltava demonstrava. Você estava feliz, sempre alegre, mas também, tem como não está feliz? Pra ti era fácil, sempre me tinha contigo aos teus pés, era tudo de bom.
Segunda noite – A verdade.
Hoje meu dia não foi nada bom, ainda há lembranças da madrugada passada e como não sou de esquecer fáceis as coisas, ainda me dói.  Essa noite eu tentei conversar contigo, tentei explicar e falar e falar, mas como nada mudava eu continuava mal. Você dizia que estava “tudo bem”, mas na verdade quando você falava isso, só aumentava a dor de que só você não conseguia enxergar a dor que eu estava passando, a dor da falta que você me fazia, dos dias em que você se preocupava comigo e ainda demonstrava um pouco do amor que parecia ainda existir em ti. O pior de tudo é que você sempre foi grossa, ignorante e orgulhosa comigo, mas eu não ligava, estava feliz ao teu lado.
Te liguei essa madrugada, por volta de 1:27 e lembra o que te perguntei? Te pedi para me definir em 5 palavras, você meio que sem jeito conseguiu as 5 palavras mais bonitas e verdadeiras sobre mim. Chegou minha vez, e sabe quantas palavras boas eu tinha para te definir? Nenhuma, apenas grosseria e ignorância da sua parte. Você se calou, ficou meio sem graça, pois isso era verdade, não foi um choque para ti, me pareceu que estava tranquila, alias você sempre foi assim, meio fria, mas eu te amava. Depois de mais algumas horas no telefone, e te ver chorando mais sem resultado algum, apenas lágrimas e palavras que não correspondiam as tuas atitudes. Eu desliguei, tentei dormir. 
Terceira noite - A imaginação.
Depois de duas noites sem dormir, e horas pensando em ti, resolvi tomar uma banho, tentar relaxar, mas os minutos de silêncio daquele banho só faziam piorar as coisas. Entrei no quarto com os pés úmidos e a tolha enrolada sobre a minha cintura, me olhei no espelho, refleti e pensei. O que estou fazendo? É isso que eu quero para mim? Ou é isso que eu quero para ela? As respostas pareciam sempre me levar para o lado negativo das coisas, sempre pensando em deixá-la. Depois de alguns minutos me deitei no chão, ao lado da cama e de frente para a minha janela, que hoje estava sem graça, sem estrelas, sem nada. Resolvi imaginar, isso mesmo, imaginar. Coisa que pouco eu sabia fazer, mas naquele momento era a única coisa que me vinha em mente. Imaginei um futuro onde só havia nós, na verdade havia mais a importância e o carinho que você tinha por mim naquele momento. Estávamos em uma praça, cheio de pessoas, crianças brincando e sorrindo, pessoas andando de mãos dadas e se beijando, pessoas gritando e se divertindo, era uma mistura de pessoas, mas todas pareciam felizes. Eu e você estávamos em um banco, sentados, em frente ao mar. A brisa batendo em nossos rostos e o cheiro de comida que vinha ao lado era de agradar a qualquer um que estivesse ali. Nos beijamos, se abraçados, trocamos sentimentos e brincadeiras, você passava sorvete no meu nariz e eu te mordia por ficar me implicando, dávamos gargalhadas de qualquer besteira e tão altas que algumas pessoas até estranhavam. Depois fomos para um jardim que ali próximo existia, tinha tantas espécies e variedades de plantas, que o cheiro dava para sentir de longe o quão era agradável, passeamos sobre as trilhas que ali tinham, e em volta algumas arvores e pássaros que cantavam para agradar e alegrar ainda mais a nossa passeata. Antes de chegar ao fim da trilhar, brincamos de quem chegaria primeiro ao fim, corremos e corremos, e rimos durante o caminho, te deixei ganhar, só para te ver feliz, e poder te abraçar e te beijar de verdade. Em seguida…
-Um barulho forte me acordar, era a porta que tinha batido com uma força que dava para ouvir até do vizinho.
Eu queria imaginar mais, mas já estava tarde e precisava dormir. 
Quarta noite – A última esperança.
Já não aguento mais, estou perdendo as forças em acreditar em ti, mas meu amor ainda insiste em te querer, em pensar que você vai mudar.
-03h53min da manhã.
Tento, na ultima esperança uma ligação, para definir o rumo das nossas vidas juntos.
-Alô? –ela responde.
- Olha, eu já não aguento mais, desculpa. Eu só queria entender, por que você é assim? Fria, sem sentimentos, sem carinho, sem nada. Sabe, eu te dei tudo, te fiz tudo, e to até agora aqui, sem desistir de você, mas já estou me cansando. Diga-me, o que você tem? O que te falta para me amar? Ou para apenas demonstrar? –com lágrimas ele falou.
- Desculpa, eu não queria ser assim, mas eu sou. Te falei que não sabia demonstrar meus sentimentos, mas tu sabes que eu te amo, e muito. Queria poder demonstrar tudo, mas me falta palavras, e sempre que eu tento, eu me perco no meio delas. Só te peço uma coisa, que não me deixe te perder. –ela responde, chorando.
- Prove, mostre, acorde. Você está me perdendo, não estas vendo?  Já estamos meses assim e você não sequer demonstrar algo, e quando demonstrar é por alguns segundos, mas sabia que sempre que te vejo tentando demonstrar, me bate uma aceleração no coração, uma felicidade tão grande de ver o carinho que tu sentes por mim. O que custa tu demonstrar? Tudo seria melhor se você acordasse, e percebesse que estou indo embora, e você sabe que quando eu vou, eu não volto mais. Desculpa, eu te amo, mas já não aguento essa falta de carinho e amor que tu não me dá. –ele responde com a voz alta e triste.
-Silêncio-
- Eu te amo, até algum dia. –ele desliga, já sem esperança.
A noite chega...





A noite chega. O tempo está fechado com pequenas gotas de chuva que caem na janela. Dentro do quarto o silêncio prevalece, coisas jogadas pelo chão, cama bagunçada e a televisão ligada, em um canal qualquer sem importância. Deito-me no chão e olho a chuva cair sobre a janela. Olho para o lado e vejo fotos suas jogadas pelo chão, me deparo com pensamentos que me levam a ti, é quase instantâneo. Sabe que lembrança eu tive? Aquela, da noite em que viajamos horas e horas em um carro, eu como piloto e você como guia, apenas nós dois. Lembra quando eu brincava contigo dizendo que estávamos perdidos? Que estávamos indo para o caminho errado, e na verdade eu só fazia isso pra ver a tua cara de preocupada e logo dizer que estava brincando, só pra ver aquele sorriso de alívio e sem graça por acreditar em mim, você ficava brava e vinha me bater, e eu lá, só rindo da gente. Lembra quando chegamos na praia? Estávamos tão perdidos que nem sabíamos para onde ir, e como estava tarde, ali mesmo eu montei a nossa barraca, meio errada, mas era a “nossa barraca”. Depois que ajeitamos as coisas, deitamos na areia e olhamos para o céu, ah como estava lindo aquele céu, tão limpo, cheio de estrelas e a maré estava baixa com um vento tão suave que era possível ouvi-lo passando sobre a gente. O clima esfriou, logo fiz uma fogueira para que pudéssemos se aquecer durante a noite. Entramos na barraca, coloquei um som bem baixinho, me sentei sobre as cobertas e peguei meu violão. Ao lado você ficou, sentada, apenas me ouvindo e me olhando com aqueles olhos brilhantes que só você tinha quando me olhava, me olhava com as mãos apoiadas no queixo e com um sorriso leve, mas sincero. O sono foi chegando, e logo tomou conta da gente, me deitei sobre a coberta e você com a cabeça colocou-a no meu peito. Logo dali eu perdi meu sono, me importei em te admirar, em passar a mão nos teus cabelos, e sentir o teu cheiro bem de pertinho, parecia não ter fim, parecia a primeira vez que eu te tinha em meus braços, mas era assim, sempre foi  assim, como se fosse a primeira vez e única.
Ahhh! – eu suspirei.
Abri meus olhos e voltei ao silêncio do meu quarto, a chuva lá fora estava parando, mas meus pensamentos só estavam começando, aqui dentro, na minha cabeça.
''Ah como eu sonho''





“Ando sonhando demais, mas quem não sonha às vezes? Ou quase sempre… Sonho no plural, sempre eu e você. Uma casa, cama bagunçada e alguns filmes de comédia romântica, Ta aí o nosso trio perfeito para uma noite fria. Uma noite para te admirar, te observar de todos os jeitos e rir de coisas sem sentindo, apenas por rir. Estaria mentindo se não quisesse sentir o calor do teu corpo sobre o meu, teus lábios quentes e molhados, tua pele lisa e macia, nossos dedos entrelaçados e te beijando como se fosse a última vez… Ah ficou louco só de pensar. E pela manhã uma cama bagunçada, roupas espalhadas pelo o chão, copos vazios e nossos pés entrelaçados… Uma manhã chuvosa, mas tão calma e serena ao seu lado que mal escuto os pingos que caem sobre a janela. O tempo voa que nem percebo o quanto está tarde, mas tarde pra que? Para mais uma noite ao seu lado? Ou por apenas mais um sonho… Ah como eu sonho, pobre de mim que vivo da incerteza de um futuro melhor.
Telefone toca…


Telefone toca…
- Alô?…
- Apenas escute. Pois é, eu sei que está tarde, mas não consigo dormir. E sabe por quê? Porque sou idiota, eu sei. Agora nesse pouco tempo que estou acordado mais ou menos uns 40 minutos, pensei em várias coisas, relembrei de outras também. Voltei a lembrar do dia em que nós conhecemos. Você estava de calça jeans e com aquela camisa xadrez laranja que até hoje eu gosto. Estava tão tímida e ao mesmo tempo tão linda, ah como estava linda… Olhei pra você e vi como tentava desviar o olhar, nossa, como são lindos os teus olhos, castanho cor de mel. Pois é, ali mesmo eu pensei, tem como alguém não se apaixonar por uma garota tão linda como essa? E assim depois de vários olhares eu estava ali… Apaixonado.  Nossa, como foi rápido, um dia éramos desconhecidos e no outro já estávamos apaixonados, e um mês depois já estávamos namorando. Andei relembrando também o dia em que você dormiu na minha casa, a gente passou a noite toda assistindo filmes de terror, você estava tão engraçada com medo e me apertando como se eu fosse a única segurança naquele momento. Depois jogamos videogame por uma ou duas horas, eu sempre deixava você ganhar, só pra ver aquele sorriso bobo e tão lindo que só você tinha naquele momento. O melhor mesmo foi quando nos deitamos, você deitada nos meus braços e eu te fazendo cafuné, bagunçando seu cabelo e brincando de te morder… Nossa, como foi bom aquele dia. Sabe, eu queria entender o por quê de tanto a gente se amar, mas ao mesmo tempo brigar por coisas tão simples e sem sentindo que só fazem nos desaproximar. Enfim, odeio ter essas brigas bobas que me deixam madrugadas sem dormir, manhãs sem pensar, apenas a preocupação que eu tenho com você a todo o tempo… Sabe, eu…
–Alguém bate na porta. –
- Espera aí amor, tem alguém aqui.
- Ei, seu idiota. Meu idiota, como eu te amo tanto. Por que você falou isso?… –ela fala com lágrimas de alegria no rosto.
- Não sei, estava com medo de te perder… O que você está fazendo aqui? –ele diz com uma expressão de espanto e alegria no rosto.
- Ué, eu vim dizer o quanto eu amo a pessoa que estava do outro lado da linha. –ela sorri.
- Ah minha pequena, eu te amo tanto. –ele a beija.
- Eu te amo mais meu idiota lindo. –eles se beijam.


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Eu sinto sua falta.


”Eu sinto sua falta. Nego isso a mim mesma, pois não posso, não posso sentir saudades suas. Único remédio para saudade, é um abraço, bem forte, e sei que esse remédio nunca vou poder tomar. Eu já devia ter te tirado da minha cabeça, a muito tempo. Devia ter te arrancando do coração, não deveria nem saber seu nome. Mas eu lembro de você, lembro de como é bonito o seu sorriso de lado; como você fica bonito de vermelho; lembro de cada detalhe, lembro do jeito que fala quando está com raiva, lembro do brilhos dos teus olhos quando está feliz. Lembro também como agia comigo, como era indiferente. — Você já errou tanto comigo, e eu certamente, também errei muito. Não importa os apesares, nunca consegui te odiar, nenhum pouquinho. Me machuquei muito estando perto de você, mas nunca quis me afastar, nunca quis ficar longe. Você atrasou minha vida, mas foi o atraso que eu mais gostei. — Você está me perdendo, e parece que você não se importa com isso. Cada vez, fico mais longe, mais distante, e você ao menos liga.”


Kássia Ferreira

domingo, 8 de janeiro de 2012



A Última Música







“A vida, entendeu, era bem parecida com uma música.
No começo, há mistério, e no final confirmação, mas é no meio que reside a emoção e faz com que a coisa toda valha a pena.
Pela primeira vez em meses, não sentiu dor alguma; pela primeira vez em anos, obteve as respostas às suas perguntas. Ao ouvir a música que Ronnie havia composto, a música que Ronnie havia aperfeiçoado, fechou seus olhos sabendo que tinha terminado sua busca pela presença de Deus.
Finalmente, havia entendido que a presença de Deus está em todo o lugar, em todos os momentos, e é sentida em um momento ou outro, por todas as pessoas. Estava nos momentos em que havia trabalhado com afinco na janela com Jonah; estava nas semanas em que havia passado junto com Ronnie. Estava ali e agora, enquanto sua filha tocava aquela música, a última que iriam partilhar. Em retrospectiva, perguntou-se como tinha deixado de perceber algo tão incrivelmente óbvio.
Deus, entendeu subitamente, era o amor em sua mais pura forma, e, nesses últimos meses com seus filhos, tinha sentido Seu toque com a mesma certeza de que ouvia a música saindo pelas mãos de Ronnie.”
(...)
Mas então o que é a verdade, se não tudo aquilo em que acreditamos com todas as nossas forças, até o fatídico momento em que não cremos mais? As verdades mudam, e as tuas o fazem numa velocidade que acredito que ninguém seja capaz de acompanhar. Justamente, por medo disso, tratei de despir meus sentimentos de poesia. No entanto, as nossas situações, mesmo nuas de significado, mesmo ceticamente analisadas com a frieza de um cirurgião, teimavam em rabiscar sorrisos na minha cara. Sorrisos que não saíam em água corrente. Mesmo assim, tenho vivido ao pé da letra o ‘dia-após-o-outro’, jamais adornando os dias com os meus costumeiros exageros que conheço bem. É difícil manter os pés no chão enquanto a mente voa. (Lucas Silveira)
ESPERAS.

Então eu te disse que me doíam essas esperas, esses chamados que não vinham e quando vinham sempre e nunca traziam nem a palavra e às vezes nem a pessoa exata. E que eu me recriminava por estar sempre esperando que nada fosse como eu esperava, ainda que soubesse. (Caio F. Abreu)
Solidão.

Meus sentimentos de esvaem em solidão. Como se fosse posssível se sentir tão sozinho assim.  Já faz tanto tempo que a minha saudade é sua, que não existe outro lugar que eu possa ficar. Como é dificil sentir saudade. E por mais distante que esteja eu ainda sinto sua presença aqui. Nada se compara ao fato de sentir seu coração explodindo, se desmanchando em mil pedaços. Eu não consigo mais entender o que se passa dentro dele. Só preciso mantê-lo sob controle. Não sei mais se vale a pena sentir. É como se essa dor nunca fosse ter fim. Eu sinto como se isso nunca fosse acabar. Desisti de esperar.

AMOR NÃO SE PEDE.

Ei, seu tonto, será que você não pode me olhar com olhos de devoção porque eu estou aqui quase esmagada com sua presença? Não, não dá pra dizer isso. Será que você pode me abraçar como se estivéssemos caindo de uma ponte porque eu estou aqui sem chão com sua presença? Não, você não pode dizer isso. Será que você pode me beijar como um beijo de final de filme porque eu estou aqui sem saliva, sem ar, sem vida com a sua presença? Definitivamente, não, melhor não. Amor não se pede, é uma pena. É triste amar tanto e tanto amor não ter proveito. Tanto amor querendo fazer alguém feliz. Mas amor, você sabe, amor não se pede. Amor se declara: sabe de uma coisa? Ele sabe, ele sabe. (Tati Bernardi)

sábado, 7 de janeiro de 2012



Depoimento de um garoto: Certo, eu nunca fui um cara perfeito, e pelo meu ponto de vista eu cometi bastante erros. E toda vez que eu perguntava: “Amor, você está bem?” Ela me respondia: “Sim amor, estou”. Mas eu não entendia o porquê ela sempre abaixava a cabeça para responder isso. Quando saíamos, ela vivia olhando pro nada, distraída e muito pensativa. E quando estava perto de mim, olhava no mais profundo dos meus olhos. Nenhuma garota sentiu por mim, o que ela sentiu. Ela me enxergava com outros olhos, ela sempre queria cuidar de mim. E eu a achava quase insuportável pelos seus ciúmes chatos, e quando ela pegava no meu pé então. E o nome disso era cuidado! O tempo foi passando, e era como se ela estivesse cada vez mais distante. E foi ai que eu comecei a me ligar nela, claro, foi ai que eu fui percebendo que isso chegava a doer em mim. As coisas começaram a mudar de um jeito tão rápido, e impossível de parar. E eu me perguntava o que tinha havido com ela, o motivo da estranheza dela dos últimos meses… E eu simplesmente não conseguia enxergar. Aos poucos ela foi deixando de me procurar, me desesperei… fiquei louco cara. Então meus dias foram dedicados a uma única coisa, fazê-la feliz. E em um dia como os outros, eu liguei o computador e ela não estava on-line, achei estranho por que no final da tarde ela sempre estava ali me esperando entrar. Procurei seu Orkut, e simplesmente não estava mais lá. Tinha sumido, de algum modo tinha sumido. E eu tentei ligar pra ela, chamava e ela não atendia (…) E me deu tristeza, me deu raiva, revolta. Somente por ela ter sumido assim, por não me procurar, por não me avisar. Deixei meu orgulho falar mais alto e resolvi que não iria correr atrás dela. E todo dia eu me sentia como se tivesse morrido uma parte de mim. Eu ia todos os dias aos lugares que costumávamos ir juntos, e ela não saia da minha cabeça. e o que mais doía em mim, era ver que ela não estava lá, segurando a minha mão, com aquela alegria de quem conhece um amor, sussurrando no meu ouvido o quanto me ama. Eu nunca mais a vi, e eu perguntei pra sua amiga: Ela está bem? e sua amiga respondeu: Você a conhece, eu acho. Eu passei a pensar em como eu deixava ela sozinha, que eu podia ter ligado mais, ter reclamo menos e ter exigido menos dela. Por que hoje, pouco, nem que fosse um pouquinho só dela aqui, me faria o cara mais feliz desse mundo. E no nosso mural em meu quarto eu escrevi: Se me amava, por que partiu? Tantas noites de insônia, tanta solidão. E eu lembro como se fosse ontem, ela em meus braços me pedindo pra mim apertá-la com força. Minha vida virou em torno disso, e tive que me acostumar. Seguir em frente, é o que fazemos mesmo quando não temos forças. Ninguém sabe o quanto isso doía em mim. Em uma noite escura, fui a praia, onde ela mais gostava de ficar, e lembrei o quanto aquela garota importava pra mim. Quando cheguei em casa, minha mãe me olhou e abaixou a cabeça. Entrei em meu quarto e lá estava escrito no meu mural, abaixo da pergunta que eu fiz: Eu também precisava saber que você me amava. Pensei que você lutaria por mim. Cara, como eu pude ser tão idiota? Por que eu não fui atrás dela. Isso foi o pior! Até que um amigo me mandou um link que tinha o nome dela. Cliquei ansioso, e era o seu tumblr. Eu sempre soube que ela tinha um, Mais eu nunca me importei em ler. E quando eu comecei a ler pagina por pagina, lagrimas correram em meu rosto. Se eu ao menos tivesse prestado atenção em cada detalhe antes, eu não teria feito ela se sentir tão mal. Se ao menos eu tivesse lido como ela se sentia… Cada declaração, cada texto que ela dedicava a mim, e tudo o que ela tinha escrito ali hoje fazia algum sentido, e eu passei a entender. E nada que eu pudesse fazer, iria fazer as coisas melhorarem. E hoje eu vi, eu a perdi


Eu nunca vou entender (...)



(...) Eu nunca vou entender porque a gente continua voltando pra casa querendo ser de alguém, ainda que a gente esteja um ao lado do outro. Eu nunca vou entender porque você é exatamente o que eu quero, eu sou exatamente o que você quer, mas as nossas exatidões não funcionam numa conta de mais...

Mas aí, daqui uns dias.... você vai me ligar. Querendo tomar aquele café de sempre, querendo me esconder como sempre, querendo me amar só enquanto você pode vulgarizar esse amor. Me querendo no escuro. E eu vou topar. Não porque seja uma idiota, não me dê valor ou não tenha nada melhor pra fazer. Apenas porque você me lembra o mistério da vida. Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo."


Tati Bernardi

A música move! (:

Um dia desses tava escutando uma música e percebi o quanto a música é importante pra nós. Sempre temos uma música ou mais como tema da nossa vida, tema do momento em que estamos vivendo. Algumas nos passam lições, que nos faz refletir, outras conseguem dizer exatamente o que estamos sentindo e outras só servem pra nos fazer dançar.
Eu por exemplo, sou bem aclética, gosto da maioria dos tipos de música. Sempre tem aquela música que me faz lembrar de um determinado momento, de uma determinada pessoa, um objeto, lugar, enfim. A música nos movimenta. Nos alegra. N
os emociona.
Sem música, pelo menos pra mim, o mundo seria terrivelmente tedioso. Como seriam as festas? com certeza não seriam boas. Não faria sentido nenhum.
Eu sinceramente não viveria sem música, escuto meu MP4 a maior parte do dia. Quando estou triste, muito feliz, com muita saudade, com vontade de dançar. E quando as coisas no dia estam chatas, trato de colocar uma música bem dançante, começo a dançar e a canta
r bem alto. Espanto o tédio. Afinal, quem canta os males espanta.

- A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende.
Arthur Schopenhauer

- Sem música a vida seria um erro.
Friedrich Nietzsche