sábado, 7 de janeiro de 2012

Nem tudo que parece ser, é.


Certo dia navegando pela internet li uma frase, texto – não me recordo bem – que dizia que quem não procura, também não sente falta. No primeiro instante concordei plenamente e querendo compartilhar aquela minha “revolta” ainda postei a tal frase no facebook, onde “milhares” de pessoas curtiram, compartilharam e todos aqueles afins. É. Todos que curtiram, comentaram... Pensaram da mesma forma que eu. Exatamente, com o mesmo raciocínio. E assim como eu, estavam erradas. Só vim me dar conta disso, meses depois. E nem me pergunte o porquê de eu ter me tocado disso só agora, porque eu não sei. Apenas me dei conta de que não é porque alguém não lhe procura que ela necessariamente não sente sua falta ou não pensa em você. Na certa, a maior parte de todos que leram aquela frase e concordaram, pensaram em seus amores “não correspondidos”. E falaram pra si mesmo “Ah, isso é verdade. Ele não me liga, não me procura, não pergunta aos nossos amigos em comum como eu estou, não me manda sms durante a madrugada dizendo “estou sentido a sua falta”, não me chama pra conversar quando estou online. Então, ele não sente falta. Eu não fui importante. Não deixei marcas. Ele não deita na cama antes de dormir e pensa em todos os momentos lindos que tivemos juntos. Porque, se isso acontecesse, com certeza, ele me procuraria. E isso me faria perceber a falta que eu faço na vida dele.”. Assim como eles, pensei da mesma forma. Como alguém que não demonstra saudade pode senti-la? E eu digo, em alto e bom som, pode sim. Talvez eu tenha descoberto isso da maneira mais dura, mas também, de uma maneira incontestável: vivendo. Eu não ligo, não mando sms durante a madrugada – muito menos durante o dia –, não chamo pra conversar, não pergunto aos amigos em comum e muitas vezes, eu nem penso durante o dia, nem antes de dormir. Porém, nada disso, me impede de sentir uma falta absurdamente grande. Do sorriso, do som da voz e da gargalhada, de ouvir as histórias mais-sem-cabimento-que-existe, do cheiro, do abraço, do beijo, enfim, de tudo que nos faz parar, lembrar, sorrir e logo depois mudar o semblante pra uma carinha triste, porque não temos mais aquilo. Sinto falta dele – apesar de não o querer mais, mas sinto. Ele? Nem sonha com a falta que faz. Eu? Posso fazer a mesma falta e não saber, por ele não demonstrar, pelos mesmos motivos que eu. Mas isso também não o impede de sentir.


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